Melhor aluno critica sistema escolar em discurso de graduação

Erica Goldson
America Via Erica
Traduzido pelo grupo de tradução português
22/08/10


Comentário: O seguinte discurso foi dado pela melhor aluna do seu ano, Erica Goldson, durante a cerimonia de graduação no Liceu Coxsackie-Athens no dia 25 de Junho, 2010.



Aqui estou eu.

Existe uma historia de um novo, mas sincero, estudante de Zen que se aproximou do seu professor, e perguntou ao Mestre, “Se eu trabalhar duramente e diligentemente, quanto tempo levarei até encontrar o Zen? O Mestre pensou sobre isto, e respondeu, “Dez anos … “ O aluno disse depois, “Mas e se eu trabalhar muito, muito duramente e realmente me aplicar para aprender depressa – Quanto tempo então?” O Mestre respondeu, “Bem, vinte anos.” “Mas e se eu trabalhar realmente, realmente muito, quanto tempo então?” perguntou o aluno. “Trinta anos,” respondeu o Mestre. “Mas, eu não compreendo,” disse o desapontado aluno. “ De cada vez que digo que vou trabalhar mais arduamente, você diz que me vai levar mais tempo. Porque diz isso?” Respondeu o Mestre, “Quando se tem um olho no objectivo, só se tem um olho no caminho.”...Clique no título para ler mais...

Este é o dilema que eu enfrentei no sistema educacional Americano. Nós estamos tão focados no objectivo, quer ele seja passar um teste, ou acabar o ano como melhor da turma. Contudo, deste modo, nós não aprendemos verdadeiramente. Fazemos tudo o que for preciso para alcançar o objectivo original.

Alguns de vós podem estar a pensar, “Bem, se passares um teste, ou te tornares a melhor da turma, não aprendeste alguma coisa?” Bem, sim, aprendemos alguma coisa, mas não tudo o que poderíamos ter aprendido. Talvez, só tenhamos aprendido como decorar nomes, sítios e datas para mais tarde nos esquecermos para limparmos a nossa mente para o próximo teste. A escola não é tudo o que pode ser. Neste momento, é um sítio para a maior parte das pessoas determinarem que o seu objectivo é sair o mais rápido possível.

Estou agora a cumprir esse objectivo. Devia olhar para isto como uma experiência positiva, especialmente tendo sido a melhor da turma. No entanto, em retrospectiva, não posso dizer que sou mais inteligente que os meus companheiros. Posso atestar que sou apenas a melhor a fazer aquilo que me dizem e a trabalhar dentro dos limites do sistema. Mesmo assim, aqui estou, e é suposto estar orgulhosa por ter completado este período de doutrinação. Irei no Outono para a próxima fase que é esperada de mim, de modo a receber um documento que me certifica como capaz de trabalhar. Mas eu contesto que sou um ser humano, uma pensadora, uma aventureira – não uma trabalhadora. Um trabalhador é alguém que está preso numa repetição – um escravo do sistema que foi posto perante ele. Mas agora, demonstrei com sucesso que eu fui a melhor escrava. Fiz o que me disseram até ao extremo. Enquanto outros se sentavam nas aulas e desenhavam nos cadernos para mais tarde serem grandes artistas, eu sentava-me nas aulas para tirar notas e tornar-me numa grande “fazedora” de teste. Enquanto outros vinham para as aulas sem os trabalhos de casa feitos porque estavam a ler algo do seu interesse, eu nunca falhei um trabalho. Enquanto outros estavam a criar musica e a escrever líricas eu decidi obter créditos extra, mesmo nunca precisando deles. Daí, pergunto-me, porque que é que quis esta posição? Sim, eu ganhei-a, mas o que vai surgir dela? Quando sair do institucionalismo educacional, serei alguém com sucesso ou estarei para sempre perdida? Não tenho ideia daquilo que quero fazer com a minha vida; não tenho interesse porque vi todo o objecto de estudo como trabalho, e fui a melhor em todas as matérias só pelo propósito de ser a melhor, não para aprender. E sinceramente agora estou assustada.

John Taylor Gatto, um professor escolar retirado e activista critico da escola compulsória, diz, “Nós podíamos encorajar as melhores qualidades da juventude – curiosidade, aventura, resiliência, a capacidade de perspicácia surpreendente simplesmente por serem mais flexíveis sobre tempo, textos e testes, transformando os jovens em verdadeiros adultos competentes, e dando a cada aluno a autonomia que ele ou ela requerem de maneira a arriscarem uma ou outra vez. Mas nós não fazemos isso.” Entre estas paredes de tijolo, somos todos esperados que sejamos iguais. Nós somos treinados para passar com boas notas todos os testes estandardizados, e aqueles que se desviam e vêm luz através de umas lentes diferentes não valem nada para o esquema da educação publica, e são assim vistos com desprezo.

H. L. Mencken escreveu no American Mercury de Abril de 1924 que o objectivo da educação publica não é “preencher os novos da espécie com conhecimento e acordar a sua inteligência. … Nada podia estar mais longe da verdade. O objectivo é … simplesmente reduzir o maior número possível de indivíduos ao mesmo nível seguro, criar e treinar cidadania estandardizada, para matar divergências e originalidade. È esse o objectivo dos Estados Unidos.

Comentário: A passagem inteira é a seguinte: O objectivo da educação publica não é espalhar o esclarecimento; é simplesmente reduzir o maior número possível de indivíduos ao mesmo nível seguro, criar e treinar cidadania estandardizada, para matar divergências e originalidade. È esse o objectivo dos Estados Unidos, quaisquer que sejam as pretensões de politicos, pedagogos, e é esse o seu objectivo em todos os outros sítios.

Para ilustrar esta ideia, não vos perturba aprender sobre a ideia de “pensamento critico”. Existe mesmo alguma coisa como “pensamento não critico”? Pensar é processar informação para se formar uma opinião. Mas se não formos críticos quando processamos esta informação, estaremos mesmo a pensar? Ou estamos a aceitar outras opiniões como verdade sem pensarmos?

Isto estava a acontecer comigo, e se não fosse a rara ocorrência de uma professora de Inglês avant-garde no décimo ano, Donna Bryan, que me permitiu abrir a mente e perguntar antes de aceitar a doutrina que vinha nos livros, eu estaria condenada. Eu estou agora esclarecida, mas a minha mente ainda se sente desabilitada. Tenho de me re-treinar e lembrar-me constantemente quanto louco este aparente sano sitio realmente é.

E agora, aqui estou, num mundo guiado pelo medo, um mundo que reprime a singularidade que reside dentro de cada um de nós, um mundo onde podemos ou aceitar o disparate desumano do corporativismo e materialismo ou insistir em mudança. Não somos inspirados por um sistema educacional que clandestinamente nos prepara trabalhos que poderiam ser automatizados, para trabalhos que não precisam de ser feitos, para escravatura sem fervor para uma realização com sentido. Nós não temos escolhas na vida quando o dinheiro é a nossa força motivacional. A nossa força motivacional deveria ser paixão, mas isto é perdido a partir do momento em que entramos num sistema que nos treina ao contrario de nos inspirar.

Nós somos mais que estantes de livros robotizadas, condicionados para expelir factos que aprendemos na escola. Nós somos todos muito especiais, todo e qualquer ser humano neste planeta é tão especial, será que não merecemos algo de melhor, de usar-mos as nossas mentes para a inovação, em vez de memorizar, para a criatividade em vez de actividade fútil, para contemplação em vez de estagnação? Nós não estamos aqui para obter um diploma, para depois obter um emprego, de modo a podermos consumir satisfações atrás de satisfações aprovadas pela industria. Há mais, e mais ainda.

A parte triste é que a maioria dos estudantes não têm a oportunidade para reflectir como eu tive. A maioria dos estudantes são expostos às mesma técnicas de lavagem cerebral para que se crie uma força de trabalho complacente que trabalhe para os interesses de grandes corporações e do governo, e pior do que tudo, eles estão completamente ignorantes disso. Eu nunca poderei voltar atrás estes 18 anos. Eu não posso fugir para outro país com um sistema de educação com o propósito de esclarecer em vez de condicionar. Esta parte da minha vida acabou, e quero ter a certeza de que mais nenhuma criança irá ter o seu potencial suprimido por poderes que tencionam explorar e controlar. Nós somos seres humanos. Nós somos pensadores, sonhadores, exploradores, artistas, escritores, engenheiros. Nós somos qualquer coisa que queiramos ser – mas apenas se tivermos um sistema educacional que nos suporte ao invés de nos prender. Uma árvore pode crescer, mas apenas se ás suas raízes forem dadas uma fundação saudável.

Para todos vocês ai fora que têm de continuar sentados em secretarias e a submeterem-se ás ideologias autoritárias dos instrutores, não desanimem. Ainda têm oportunidade de resistirem, perguntar questões, ser critico e criar as vossas próprias perspectivas. Exijam um ambiente que vos proporcione capacidades intelectuais que vos permitam expandir a vossa mente ao invés de a direccionar. Exijam que estejam interessados na aula. Exijam que a desculpa, “Vocês têm de aprender isto para o teste” não seja suficiente para vocês. A educação é uma óptima ferramenta, se usada convenientemente, mas o foco deverá ser mais em aprender do que em tirar boas notas.

Para os de vós que trabalham dentro do sistema que estou a condenar, não tenho intenção de insulto; tenho por intenção motivar. Vocês têm o poder para mudar as incompetências do sistema. Eu sei que não se tornaram professores ou administradores para verem os vossos alunos aborrecidos. Não podem aceitar a autoridade dos corpos governamentais que vos dizem o que ensinar, como ensinar e que serão castigados se não obedecerem. O nosso potencial está em jogo.

Para os de vós que estão agora a sair deste estabelecimento, eu digo, não se esqueçam do que aconteceu nestas salas de aula. Não abandonem os que vêm depois de vós. Nós somos o novo futuro e não vamos deixar que a tradição continue. Nós vamos quebrar as paredes da corrupção e deixar crescer um jardim de conhecimento na América. Uma vez educados propriamente, nós iremos ter o poder de fazer qualquer coisa, e melhor de tudo, apenas iremos usar esse poder para o bem, porque seremos cultos e sábios. Não aceitaremos nada superficialmente. Nós iremos colocar questões e exigir a verdade.

Então, aqui estou. Não estou aqui como a melhor da turma sozinha. Fui moldada pelo meu ambiente, por todos os meus colegas que estão aqui sentados a observarem-me. Não teria cumprido isto sem todos vocês. Foram todos vocês que verdadeiramente me fizeram a pessoa que sou hoje. Foram todos vocês que eram a minha competição, mas também a minha força. Nesse sentido, somos todos os melhores.

Agora supostamente devo dizer adeus a esta instituição, aos que a mantém e aos que estão comigo e atrás de mim, mas espero que este adeus seja mais um “até já” quando estivermos todos a trabalhar conjuntamente para iniciar um movimento pedagógico. Mas primeiro, vamos buscar esses pedaços de papel que nos dizem que somos suficientemente inteligentes para o fazer!

Corrente espiral do Golfo do México desagregada!! Risco de mudança climática global devido ao derrame petrolífero da BP.

Socio-Economics History Blog
Socio-Economics History Blog
Traduzido pelo grupo de tradução português
03/08/10

Imagens factuais de satélite das várias semanas passadas mostram que a corrente espiral do Golfo está desagregada e pode parar de funcionar por inteiro! Isto vai resultar numa mudança climática massiva e possivelmente numa era glaciar na Europa! Grandes problemas no futuro próximo?? Mais tempo anormal a caminho??
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Abstracto: Derrame petrolífero da BP pode causar danos irreparáveis na actividade termo-regulatória da corrente do Golfo.

A importância dos processos de termo-regulação climática da corrente do Golfo está bem avaliada. Os últimos mapas em tempo real de satélites, de Maio – Junho 2010, processados pelo CCAR (Colorado Center for Astrodynamics Research), verificados nos laboratórios Frascati através do cálculo congruente SHT e comparado com dados de anos passados, mostram pela primeira vez uma evidência directa da desagregação rápida da corrente espiral, uma corrente oceânica quente, parte crucial da corrente do Golfo. Como demonstrado tanto pelos mapas de velocidade superficial do oceano como pelos mapas da altura da superfície do mesmo, a corrente espiral desagregou-se pela primeira vez por volta do dia 18 de Maio gerando um turbilhão com sentido horário, que ainda está activo (ver Fig.1)


Figura 1 – Mapas de dados em tempo real. Mapas da altura da superfície oceânica (em cima) e mapas da velocidade superficial (em baixo) começando no dia 22 de Abril até dia 9 de Junho processados por CCAR1,2 e verificados nos laboratórios Frascati através de calculo SHT. A estrela amarela indica a posição da plataforma “Deepwater Horizon”. A seta amarela indica a zona de desagregação da corrente espiral.

Hoje a situação deteriorou-se até ao ponto em que o turbilhão se separou completamente da corrente principal destruindo assim por completo a corrente espiral, como mostra a figura 2 de 12 de Junho de 2010.


Figura 2 – Mapas de dados em tempo real actualizados. Mapa em tempo real da altura da superfície oceânica (esquerda) e mapas da velocidade superficial (direita) actualizados no dia 12 de Junho processados por CCAR1,2 e verificados nos laboratórios Frascati através de calculo SHT. A estrela amarela indica a posição da plataforma “Deepwater Horizon”. A seta amarela indica a zona de desagregação da corrente espiral.

Como análises comparativas com dados de satélite antigos até Maio de 2010 não demonstraram anomalias relevantes, pode assim ser plausível correlacionar a desagregação da corrente espiral com a acção bioquímica e física do derrame de crude da BP no Golfo do México. É razoável prever a ameaça que a desagregação de uma corrente quente crucial, como a corrente espiral, pode gerar uma reacção em cadeia de fenómenos imprevisíveis críticos e instabilidades devido a fortes não linearidades que podem ter sérias consequências na actividade das dinâmicas de termo-regulação da corrente do Golfo no clima global.


Comentário: Como podem ver nas imagens em baixo, a Corrente do Golfo parece estar a desagregar-se. Existem animações que podem ser vistas que retrocedem bastante no tempo e que mostram uma boa perspectiva na última imagem. Se as nossas observações anteriores são razoáveis, o hemisfério norte vai ter de contar com tempo bastante selvagem.

Estado corrente da Corrente do Golfo:

Os campos de velocidades relativas da Corrente do Golfo são derivadas de dados quase-tempo real de radares instalados nos satélites Envisat, Jason-1 e Jason-2.

A ligação para a página acima apresentada mostra as velocidade da Corrente do Golfo nas proximidades da costa Norte Americana. As velocidades estão representadas em metros por segundo. Para obter uma velocidade aproximada em nós, multiplica-se por 2 (1,9438445 para ser preciso). Os mapas representam a situação em quatro dias diferentes separados por uma semana.

MK-ULTRA: O Programa de Controle da Mente da CIA

Stephen Lendman
Steve Lendman Blog
Traduzido pelo grupo de tradução português
06/06/10

MK-ULTRA era o nome de código para um programa secreto de controlo da mente da CIA, iniciado em 1953, sob o comando do director Allen Dulles. Tinha diversos objectivos, incluindo o aperfeiçoamento de um soro da verdade usado na interrogação de espiões soviéticos, suspeitos durante a Guerra Fria. Este programa prosseguiu os experimentos anteriores sobre hipnose durante a segunda guerra mundial, a pesquisa de drogas primitivas, e do projecto Chatter da Marinha dos Estados Unidos, explicado pelo Gabinete de Medicina e Cirurgia, em resposta a um pedido de Lei da Liberdade de Informação (FOIA - Freedom of Information Act) como se segue:
Começou “no Outono de 1947, concentrando-se na identificação e testes de drogas (LSD e outros) nos interrogatórios e recrutamento de agentes. A pesquisa incluiu experimentos laboratoriais em animais e seres humanos. O programa terminou pouco depois da Guerra da Coreia em 1953.”
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O programa foi executado sob a direcção do Dr. Charles Savage do Instituto de Pesquisa de Medicina Naval, Bethesda, DM desde 1947 até 1953, após o qual a Agencia de Inteligência Científica da CIA deu continuidade sob o nome de “Project Blue Bird”, o seu primeiro programa de controlo da mente com o objectivo:
Aprender a condicionar sujeitos a fim de resistir à extracção de informação por técnicas conhecidas;
Desenvolver métodos de interrogação para exercer controlo;
Desenvolver técnicas para a o aumento de capacidade de memória;
Estabelecer modos de prevenção de controlo hostil em funcionários da Agência
Em 1951, foi renomeado “Project Artichoke”, depois “MK-ULTRA”, sob chefia do Vice-director da Agência Central de Inteligência (CIA) Richard Helms, em 1953. Tinha como objectivo controlar o comportamento humano através de drogas psicadélicas e alucinogénicas, terapia de choque, radiação, grafologia, técnicas paramilitares, e métodos psicológicos/sociológicos/antropológicos, entre outros – um vasto campo aberto á experimentação mental, em busca de métodos funcionais, legalmente ou não, em sujeitos dispostos ou inconscientes.
Prosseguindo em diferentes épocas, foram no total 149 sub-projetos em 80 universidades dos Estados Unidos e Canadá, centros médicos e três prisões, envolvendo 185 pesquisadores, 15 fundações e numerosas companhias da indústria farmacêutica. Tudo era altamente secreto, e a maior parte dos registos foram mais tarde destruídos. Contudo alguns indivíduos da FOIA salvaram milhares de páginas com provas documentadas das horríveis experiências, e seus efeitos em seres humanos.
A maioria eram cobaias humanas involuntárias, e aqueles que consentiram foram mal informados sobre os perigos. James Stanley era já um soldado com uma vasta carreira quando lhe foi administrado LSD em 1958 juntamente com outros 1.000 militares “voluntários”. Eles sofreram alucinações, perda de memória, incoerência e severas alterações de personalidade. Stanley exibiu um comportamento violento incontrolável. Este destruiu a sua família, o incapacitou para o trabalho, sem nunca saber porquê, até que o Exercito pediu-lhe para participar em um estudo posterior.
Ele pediu indemnização no abrigo da lei de Reclamações de Tortura Federal (FTCA), chegando o seu caso, “Estados Unidos Vs. Stanley” ao Supremo Tribunal. O caso foi argumentado e decidido em 1987, tendo o Tribunal indeferido seu pedido (5-4), decidindo que os seus ferimentos ocorreram durante o serviço militar. Os juízes Thurgood Marshall, William Brennam e Sandra Day O’Conner tinham opiniões dissidentes, dizendo que o Código de Nuremberga aplica-se aos soldados assim como civis. Em 1996, Stainley recebeu $400.000 de indemnização, mas sem algum pedido de desculpas por parte do governo.
Talvez a vítima mais divulgada do MK-ULTRA foi Frank Olsen, um bioquímico que trabalhava para a Divisão de Operações Especiais do Corpo Químico do Exercito em Fort Detrick, DM. Em 18 de Novembro, 1953, foi-lhe administrado LSD. Imediatamente tornou-se agitado e extremamente paranóico. Nove dias depois, teria alegadamente cometido suicídio saltando do 13º andar através da janela fechada de um hotel em Nova York. Os seus familiares não sabiam que ele foi drogado até 1975, data em que o MK-ULTRA foi exposto.
O presidente Gerald Ford pediu desculpa, concedeu uma indemnização de 750.000 dólares, mas o filho de Olsen descobriu documentos que sugerem que o seu pai foi morto. Em 1994, ele exumou o corpo, mandou ser analisado por peritos de medicina legal, e a conclusão foi de que um homicídio foi cometido baseado em uma fractura do crânio, não detectada anteriormente, que sugere um golpe na cabeça e outras evidências perturbantes.
Stanley Glickman foi outra tragédia do MK-ULTRA, uma vítima involuntária de drogas alucinogénias e terapia de choque. Ficou traumatizado, não podia trabalhar, muito pouco se alimentava, sofreu um esgotamento psicológico e nunca recuperou completamente. Depois de tomar conhecimento sobre os experimentos de LSD, levou a CIA a tribunal. O julgamento foi adiado por 16 anos, ele faleceu, mas a sua irmã prosseguiu o processo.
Esteve em causa o chefe do MK-ULTRA “Stanley Gottleib”, contratado para dirigir o Serviço Técnico de Funcionários (TSS) para desenvolver venenos a fim de assassinar oponentes políticos, drogas de soro da verdade para a interrogação de espiões, e técnicas de controlo da mente para criar assassinos robô ou agentes duplos inconscientes. Usou cientistas nazis e a sua tecnologia inovadora, aperfeiçoada em vítimas de campos de concentração. Alguns eram conhecidos como programadores, profissionais especializados na arte de análise e controlo da mente humana.
Joseph Mengele fez um trabalho semelhante, experimentando extensivamente com crianças e adultos, usando uma mistura de terapia de choque, mescalina, hipnose, privação sensorial, tortura, estupro, fome e trauma de vinculação. Foi tão bem sucedido com a última técnica que os sobreviventes expressaram um forte afecto por ele.
A CIA e os militares dos Estados Unidos copiaram a metodologia Nazista através de vários programas, incluindo o MK-ULTRA, MK sendo uma abreviação das palavras “controle da mente” em alemão. Segundo os documentos obtidos, funciona melhor quando traumas graves (como estupro) ocorrem aos três anos de idade, resultando muitas vezes na divisão da personalidade ou dissociação (chamada Desordem de Identidade Dissociativa ou DID) para reprimir memórias dolorosas.
Os terapeutas podem causar Transtorno de Personalidade Múltipla (MPD) pela manipulação da mente, mas os traumas que acontecem cedo na vida tornam as vítimas especialmente vulneráveis. Gottlieb concentrou-se no uso de LSD para o controle da mente, venenos e drogas exóticas para assassinatos políticos.
Durante a Operação Paperclip, 9.000 cientistas e técnicos nazistas foram recrutados para ajudar a minar a União Soviética.
Em 1952, Gottlieb encontrou-se com Glickman num café Parisiense, comprou-lhe uma bebida e misturou LSD na mesma. Depois de finalmente ser responsabilizado pela sua acção, ele ficou doente. O julgamento foi adiado e na véspera do seu recomeço morreu inesperadamente. Na ocasião os obituários do New York Times e Los Angeles Times informaram que a sua família recusou divulgar a causa. O diário online WorldNet explicou que foi depois de “um ataque prolongado de pneumonia,” dizendo que após ter sido admitido no Virginia Medical Center, entrou em estado de coma, nunca recuperou, mas não foi possível determinar nada de ilícito.
No julgamento contra o seu mandato, o juiz morreu de um ataque de coração durante o exercício de suas funções. A pergunta surgiu novamente. Terá sido a sua morte natural ou foi morto, uma vez que a sua substituição foi prejudicial para o queixoso tendo rejeitado o seu caso dois anos antes. Talvez sim depois que o júri decidiu contra a família de Glickman, negando-lhes justiça.
Em 22 de Dezembro de 1974, Seymour Hersh expôs o MK-ULTRA num artigo do New York Times. Intitulado: “Enorme Operação da CIA nos Estados Unidos Contra as Organizações Anti-guerra e Outros Dissidentes Durante a Era de Nixon,” que documentava as actividades ilegais, incluindo os experimentos secretos em cidadãos dos Estados Unidos durante os anos sessenta e antes. Seguiram-se investigações pelo Comité da Igreja do Congresso, dirigidas pelo Senador Frank Church, sobre as praticas abusivas dos serviços, sendo substituído cinco meses depois pelo Comité Pike. A Comissão Rockefeller sob a direcção do Vice Presidente Nelson Rockefeller, também examinou as actividades domésticas da CIA, FBI e agências de inteligência militar.
No Verão de 1975, soube-se que a CIA e o Departamento de Defesa haviam realizado experimentos ilegais em indivíduos voluntários e involuntários como parte de um programa exaustivo para influenciar o comportamento humano através de drogas psico-activas (incluindo LSD e mescalina) e outros métodos químicos, biológicos e psicológicos.


Origens das Práticas de Manipulação da Mente pela CIA


A CIA interessou-se pelo trabalho do Dr. Ewen Cameron da Universidade McGill parte do Instituto Alan Memorial em Montreal – Quebec. Com pleno conhecimento do governo Canadense, foi financiado para efectuar experimentos bizarros nos seus pacientes psiquiátricos que incluía mantê-los adormecidos e isolados durante semanas, dando-lhes em seguida grandes doses de terapia de choque e cocktails de drogas experimentais, entre as quais LSD e PCP.
Embora claramente imoral, Cameron acreditava que submetendo o cérebro humano a uma serie de choques, ele poderia desfazer deficiências mentais, reconstruindo-as com novas personalidades purificadas do seu estado anterior. Foi uma ciência “vudu” e falhou, mas a CIA ganhou uma vasta riqueza de conhecimentos que é usada nos dias de hoje.
Em 1951, a Agencia envolveu o director de psicologia da Universidade McGill, o Dr. Donald Hebb e outros para realizar experimentos de privação sensorial em estudantes voluntários. Eles mostraram que o isolamento intenso interrompe o pensamento claro o suficiente para tornar os sujeitos receptivos à “sugestão”. Existiam também técnicas formidáveis de interrogação que equivaliam á tortura quando aplicadas forçosamente.
Estes primeiros experimentos estabeleceram a fundação para as duas fases do processo de tortura da CIA – a privação sensorial seguido de sobrecarga. Isto foi documentado pelo historiador Alfred McCoy da Universidade de Wisconsin no seu livro: Uma Questão de Tortura: Interrogatórios da CIA, Desde a Guerra Fria Até a Guerra Contra o Terror (A Question of Torture: CIA Interrogation, from the Cold War to the War on Terror), chamando-lhe “a primeira verdadeira revolução na ciência cruel da dor em mais de três séculos”
A CIA desenvolveu estas técnicas e codificou-as em manuais, usados extensivamente no Sudeste da Ásia, América Central, Iraque, Afeganistão, Guantánamo, e em locais secretos globalmente. McCoy mencionou uma mini-prisão offshore de extracção de informações durante a Guerra Fria e a Guerra Contra o Terror. Longe da vista nada é interdito, incluindo a crueldade física e métodos de controlo da mente paralisantes que transformam seres humanos em “vegetais”.
O MK-ULTRA era uma dessas técnicas, apesar da Ordem Executiva de Gerald Ford de 1976 (EO11905) “estabelecer políticas para melhorar a qualidade da inteligência necessária para a segurança nacional (e) estabelecer a supervisão eficaz para assegurar o cumprimento da lei na gerência e direcção das agências de inteligência e departamentos do governo nacional.”
A Ordem Executiva proibiu “experimentação com drogas em seres humanos, excepto com o consentimento, informado por escrito, e testemunhado por um terceiro desinteressado em cada sujeito humano,” de acordo com as directrizes emitidas pela Comissão Nacional. As directivas subsequentes de Carter e Reagan proibiram todos os experimentos em seres humanos. No entanto eles continuaram, em violação do código de Nuremberg que proíbe:
Experimentos médicos sem o consentimento de sujeitos humanos – “sem coerção, fraude, dolo, e revelação completa dos riscos conhecidos,”
Aqueles “onde há uma razão a priori para crer que a morte ou lesão incapacitante ocorrera;” e
somente aqueles que “produzam resultados frutuosos para o bem da sociedade, não podendo ser obtido por outros métodos de estudo….”
Os experimentos efectuados sobre o controlo da mente humana são claramente ilegais e antiéticos. Actualmente eles são mais sofisticados do que nunca, e as reivindicações de que os experimentos MK-ULTRA foram interrompidos na década dos anos setenta eram falsas. Continuam, renomeados e muito mais.


A Longa História da Experimentação em Humanos na América

Exemplos anteriores incluem:
Em 1931, o Dr. Cornelius Rhoads sob os auspícios do Instituto Rockefeller infectou sujeitos humanos com células cancerosas, para Exames Médicos; Rhoads mais tarde conduziu experimentos de exposição à radiação em soldados americanos e pacientes de hospitais civis;
Em 1932, o Estudo Tuskegee Sífilis começou em 200 homens negros; não foram informados da sua doença, foi-lhes negado o tratamento, e foram usados como cobaias humanas para acompanhar os sintomas e progressão da sua doença; Subsequentemente todos eles morreram;
Em 1940, 400 presos de Chicago foram infectados com a malária para estudar os efeitos de novas drogas experimentais;
Entre 1942 - 1945, a Marinha dos Estados Unidos usou sujeitos humanos (presos em câmaras) para testar máscaras de gás e vestuário;
Desde os anos quarenta, foram realizados experimentos com radiação em humanos para testar os seus efeitos e determinar o nível de exposição que pode matar; foram utilizados indivíduos involuntários nas prisões, hospitais, orfanatos e instituições para doentes mentais, incluindo homens, mulheres, crianças e nascituros de todas as raças, principalmente pessoas de grupos sócio-económicos mais desfavorecidos; e alem disso, mais de 200.000 soldados americanos foram expostos a testes nucleares na superfície da terra; mais tarde muitos ficaram doentes e faleceram;
Em 1945, a Comissão de Energia Atómica dos Estados Unidos (AEC) implementou o “Programa F”, o estudo americano mais exaustivo sobre os efeitos do fluoreto na saúde - um componente essencial na produção da bomba atómica e um dos produtos químicos mais tóxicos conhecidos; provoca efeitos perceptíveis e adversos no sistema nervoso; no interesse da segurança nacional, a informação foi suprimida;
Em 1945, os pacientes de um hospital de veteranos tornaram-se cobaias humanas para experimentos médicos;
Em 1947, o Coronel do AEC EE Kirkpatrich emitiu o documento secreto #07075001, afirmando que a agência iria começar a ministrar doses intravenosas de substâncias radioactivas em sujeitos humanos;
Em 1949, o Exercito dos Estados Unidos lançou agentes biológicos em cidades americanas para estudar os efeitos de um ataque biológico real; os testes continuaram secretamente até pelo menos á década dos anos sessenta em San Francisco, New York, Washington DC, Panama City e Key West, FL, Minnesota, outras localidades no centro-oeste, ao longo da auto-estrada com portagem na Pennsylvania e em outras regiões;
Em 1950, o Departamento de Defesa (DOD) iniciou testes de armas nucleares ao ar livre em zonas desérticas, os residentes que habitavam a favor do vento foram monitorados para problemas de saúde e taxas de mortalidade;
Em 1951, Afro-americanos foram expostos a estimulantes potencialmente fatais como parte de um teste de armas fúngicas em raças específicas na Virginia;
Em 1953, o Departamento de Defesa (DOD) lançou gás de sulfito, cádmio e zinco sobre Winnipeg, Canadá, St, Louis, Minneapolis, Fort Wayne, Monocacy River Valley, MD e Leesburg, VA – para determinar a eficiência de dispersão de agentes químicos;
Em 1953, foram realizados experimentos em conjunto com o Exército-Marinha-CIA em Nova York e San Fransisco, expondo dezenas de milhares de pessoas aos agentes químicos Serratia marcescens e Bacillus globigii aerotransportados.
Em 1955, a CIA libertou bactéria proveniente do Arsenal de Guerra Biológico da base Militar Tampa em Florida, para testar a sua capacidade de infectar populações humanas;
Em 1956, os Estados Unidos lançaram mosquitos infectados com a febre-amarela em Savannah, Georgia e Avon Park, Florida para testar os efeitos na saúde dos seres humanos;
Em 1965, na prisão do estado de Homesburg, os presos de Philadelphia foram expostos à dioxina, o agente laranja altamente tóxico, para estudar os seus efeitos carcinogénicos;
Em 1966, o metro de Nova York foi usado para um experimento de guerra biológica;
Em 1969, um aparente gás neurotóxico matou milhares de ovelhas em Utah;
Em 1970, a revista “Military Review” informou que o desenvolvimento de “armas étnicas” foi intensificado para ser capaz de visar grupos étnicos específicos que se pensava eram susceptíveis a diferenças genéticas e variações de ADN;
Em 1976, os Americanos foram avisados sobre o pânico da gripe suína, pedindo que todos sejam vacinados; milhões de pessoas obedeceram, muitas das quais foram prejudicadas; resultou em 500 pessoas com a Síndrome de Guillan-Barré (GBS – a doença nervosa mortal); pessoas que morreram de falência respiratória após paralisia grave e os peritos disseram que a vacina aumentou oito vezes o nível de risco de GBS;
Em 1985 e 1986, foram realizados testes ao ar livre de agentes biológicos em áreas povoadas;
Em 1990, foram dados a mais de 1500 bebés africanos e hispânicos com seis meses de idade uma vacina experimental contra o sarampo, sem nunca informar os pais sobre os potenciais perigos;
Em 1990 e 1991 , todos os militares dos Estados Unidos antes de serem posicionados no Golfo Pérsico foram inoculados com vacinas experimentais de antraz e toxóide botulinum, apesar das preocupações levantadas sobre os seus efeitos adversos a longo prazo; mais de 12000 mortos e mais de 30% ficaram doentes devido a factores não relacionados com combate que posteriormente foi chamado de Síndroma da Guerra do Golfo, o resultado da exposição a uma variedade de toxinas;
em 1994, o senador Jay Rockeffer divulgou um relatório revelando que, pelo menos nos últimos 50 anos, o Departamento de Defesa (DOD) usou centenas de milhares de pessoal militar, exponde-os a substancias perigosas experimentais; materiais incluindo gás mostarda e gás neurotóxico, radiação ionizante, psicoquímicos, alucinógenos e outras drogas;
Em 1995, o Dr. Garth Nicolson, descobre provas de que os agentes biológicos utilizados durante a Guerra do Golfo tinham sido pré-testados em prisioneiros no Departamento de Correcções do Texas;
Em 1996, o Departamento de Defesa (DOD) admite que as tropas na Guerra do Golfo foram expostas a agentes químicos;
Em 2009, foram novamente usadas vacinas experimentais para globalmente inocular pessoas em resposta ao pânico da gripe suína; seguiram-se relatórios dispersos de mortes e doenças.


Maria Ruhullah, Vítima do MK-ULTRA

Este escritor entrevistará Ruhullah e o Dr. James Randall Noblitt, um psicólogo licenciado, no programa de rádio “The Progressive Radio News Hour (na rádio The Progressive Radio Network)”, a 18 de Fevereiro às 10 horas da manhã para discutir o MK-ULTRA, a experiencia de Ruhullah e o trabalho de Noblitt com sobreviventes de abuso extremo e indivíduos afligidos pela dissociação de identidade. Noblitt é professor na Escola de Psicologia Professional de Califórnia e presidente da Sociedade Internacional para Trauma e Dissociação de Abuso Ritual/Grupo de Interesse em Controlo da Mente.
O programa será arquivado para ouvir mais tarde.
Como vítima do MK-ULTRA, a memória de Ruhullah foi danificada e de alguma forma ainda assim continua por causa das experiências por que passou. Ela explicou da seguinte forma:
No inicio dos anos setenta, viveu em Boston, MA, esteve casada com um filho de seis anos de idade, e como advogada trabalhou para uma empresa de prestígio, não conseguindo lembrar-se de seu nome. “Um dia, dois agentes federais chegaram à (sua) casa sem aviso prévio”, pedindo-lhe para servir de testemunha federal contra uma alegada figura do crime organizado. Para a sua segurança, explicaram eles, ela seria colocada em custódia protectiva por um período de tempo não superior a seis meses. Pediram-lhe que deixasse a sua família e emprego imediatamente, e para não dizer nada ao marido e ao patrão.
Foi “forçada a sair da (sua) casa com os agentes no mesmo dia.” Não teve nenhuma escolha, e “foi tratada mais como um preso do que uma testemunha.” Não podia usar o telefone ou comunicar com alguém, foi transferida frequentemente, e ficou “detida em locais de baixo custo,” período durante o qual a sua vida “tornou-se numa sucessão de abusos e exploração.”
"Até hoje," diz ela, que não sabe precisamente "quando ou por que o governo decidiu usá-la" para experimentos com o MK-ULTRA, "mas um dia (ela) foi mãe, esposa, e advogada, depois, (mais tarde) não teve nenhuma memória do (seu) passado."
Tendo recuperado parte da sua memória, ela lembra-se de “lhe terem dado tratamentos de terapia de choque clinicamente não necessários. Isto foi feito com o fim de criar amnésia para bloquear a essência da sua personalidade e substitui-la por” apenas uma necessidade de saber informações.
Lembra-se "de que o tratamento de choque que lhe deram foi tão severo e frequente que um dia algo aconteceu e" ela não voltou para o seu quarto. Ela agora fala "de uma inacreditável longa lista de explorações horríveis e abusos desumanos" feitos nela.
No final dos anos oitenta, voltaram fragmentos da sua memória. Procurou informações sobre o seu caso através de um pedido FOIA (Freedom of Information Act) mas lhe dito que nenhum registo foi encontrado. De 1992 até 1996, ninguém a ajudou até que Stephanie Suleiman, membro do B'nai Brith se ofereceu para fazê-lo mas precisou de algumas semanas para concluir outro trabalho.
Quando a contactou novamente Ruhullah ficou sabendo que “esta mãe de trinta e dois anos morreu de um ataque de coração,” muito suspeito dado a sua idade.
Ruhullah também explica que os agentes federais deixaram de comunicar com ela. As suas experiências foram "totalmente removidas do registo público," e ela passou de "ser uma pessoa desaparecida para se tornar em uma pessoa eliminada." Agora é divorciada e incapaz de contactar as suas crianças e velhos amigos. "O governo dos Estados Unidos não quer a (sua) história contada."
Ela acrescenta que "a única forma com que (ela) pode calcular quanto tempo ficou detida é pela idade do seu filho. (Ele) tinha seis anos quando (os agentes) entraram na (sua) casa, e agora tinha trinta e tantos anos. " Ela considera-se ter sido permanentemente separada de seus filhos, netos, familiares, amigos, bens, memórias e habilidades sociais.
Ela chama cada dia como "uma experiência de ser detida contra a sua vontade vivendo em um tonel de arrogância burocrática que se recusa a reconhecer o que lhe foi feito (agravado por não conseguir obter de volta a (sua) vida." Cada dia está "a ser mais ofendida e tem a (sua) vida mais roubada".
Diz que "não foi posta em liberdade." Depois de ter sido usada em experimentos médicos, foi-lhe " implantada uma identidade falsa, depois foi deixada sem dinheiro e sem prova da (sua) verdadeira identidade ou linhagem." Ainda se considera presa, um corpo sem personalidade, com pouco conhecimento do seu passado, despojada de tudo o que era importante na sua vida.

O trunfo do terror: medo é a chave para a obediência

Rev. Richard Skaff
Global Research
Traduzido pelo grupo de tradução português
12/03/10

O Complexo Industrial Terrorista (CIT)

Defenições de terrorismo

O dicionário Webster define terrorismo como o uso sistemático do terror, especialmente quando com fins de coerção. [1]

Contudo, o código dos Estado Unidos da América define terrorismo como “(Um) acto de terrorismo significa uma actividade que (A) envolve um acto violento ou um acto perigoso para a vida humana que é uma violação das leis criminais dos Estados Unidos ou de qualquer estado, e (B) aparenta intenções de (i) intimidar ou coagir uma população civil: (ii) influenciar a politica de um governo através de intimidação ou coerção; ou (iii) afectar a conduta de um governo através de assassínio ou rapto. [2]

Esta é uma definição oficial do congresso que apenas se aplica a outras nações. Contudo, os resultados psicológicos últimos do terror, é sempre medo que eventualmente leva à resignação e submissão. Medo e terrorismo estão interligados, assim sendo, deveríamos discutir a sua conexão para compreender o seu impacto no nosso comportamento, e o seu uso para o controle de pessoas. O medo tem sido a cola que tem mantido as pessoas agarradas aos seus ditadores e aos seus deuses. É tempo bem entregue olhar brevemente para este fenómeno que governa a nossa existência.

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O Complexo Industrial Terrorista (CIT)

Defenições de terrorismo

O dicionário Webster define terrorismo como o uso sistemático do terror, especialmente quando com fins de coerção. [1]

Contudo, o código dos Estado Unidos da América define terrorismo como “(Um) acto de terrorismo significa uma actividade que (A) envolve um acto violento ou um acto perigoso para a vida humana que é uma violação das leis criminais dos Estados Unidos ou de qualquer estado, e (B) aparenta intenções de (i) intimidar ou coagir uma população civil: (ii) influenciar a politica de um governo através de intimidação ou coerção; ou (iii) afectar a conduta de um governo através de assassínio ou rapto. [2]

Esta é uma definição oficial do congresso que apenas se aplica a outras nações. Contudo, os resultados psicológicos últimos do terror, é sempre medo que eventualmente leva à resignação e submissão. Medo e terrorismo estão interligados, assim sendo, deveríamos discutir a sua conexão para compreender o seu impacto no nosso comportamento, e o seu uso para o controle de pessoas. O medo tem sido a cola que tem mantido as pessoas agarradas aos seus ditadores e aos seus deuses. É tempo bem entregue olhar brevemente para este fenómeno que governa a nossa existência.

O medo é a chave para a obediência

A consciência de si próprio é a progenitora da alienação, medo, egocentrismo e ansiedade no Homem; assim sendo, a vida não examinada vale a pena ser vivida pelas manadas humanas, porque lhes dá um sentido de falsa segurança e pseudo-integração. Medo é a ulcera que mutila a psique das massas e faz desaparecer as suas liberdades. [3]

Biblicamente falando, o medo foi sempre usado pelo clero para assegurar que os indivíduos iriam obedecer ás regras que teriam sido concedidas por Deus para a Humanidade se salvar da perdição das chamas do inferno. Estas regras foram, na verdade, escritas por homens para controlo das massas e perpetuação do poder de lideres religiosos. Como resultado, proferir a verdade e desafiar os poderes estabelecidos leva apenas ao ridículo, à crucificação e à morte.

Infelizmente, o medo é a força motriz e o maior componente psicológico do terror. O medo incapacita pessoas e torna-as impotentes. O medo leva a comportamentos regressivos em adultos responsáveis, onde as pessoas ficam dependentes de uma ilusória figura parental, como por exemplo, o governo ou uma corporação, para que estes o protejam dos malfeitores. Assim eles ficam predispostos a abandonar os seus direitos mais íntimos e sagrados para que assim se sintam seguros. [4]

Como os governos perpetuam o medo através do uso dos média

Os Norte Americanos tem vivido em medo desde o 9-11. Contudo, a realidade por detrás dos nossos medos foi despoletada pelas nossas próprios corporações de média que têm sido o maior culpado a dissemina-la como uma doença. Os nosso média têm aterrorizado os nossos corações e as nossas mentes durante anos através da sua programação violenta subliminar, e cobertura mediática da sua própria versão de uma verdade distorcida.

Sensacionalismo e desinformação são a essência dos média modernos! Talk shows encolerizados são o prato do dia, onde o apresentador abusa, mal trata, deprecia, aterroriza o seu convidado para assegurar que as suas opiniões não sejam escutadas, e apenas as ideias, seguidas como um guião, emerjam como vencedoras, para que a agenda do seu “dono” seja completada.

Os média andaram a espalhar terror durante anos no coração do público Americano, com o intuito de os forçar a ver a sua programação trivial. Como na Oceania de Orwell, as ondas hertzianas são bombardeadas com canais noticiosos durante 24 horas que se serviriam de uma qualquer estratégia demente para continuar a sua distorcida cobertura. “Se sangrar, então consegue liderar. As ondas Hertzianas são também inundadas com programas e histórias que promovem medo, exagero de situações, distorção da verdade, propaganda psicológica, histórias ensanguentadas e palavras chavão (bactérias comedoras de carne, ataques de tubarões nas nossas costas, armas de destruição massiva, SARS, vírus do este do Nilo, carjacking (roubo de automóveis ocupados), sequestros de aviões, guerra dos sexos, violência, epidemias, pandemias, abuso de menores, casamentos gay, gripe das aves, H1N1 e por aí além). Todas desenhadas para amedrontar, funcionar como lavagem cerebral, manipular, criar conflito, confundir, liberalizar e mesmerizar as audiências para que estas assistam aos seus programas onde tudo é aceitável. “Incutir medo neles e eles iram ver e seguir”. Isto é uma politica de medo e não de democracia. [3]

O trunfo do medo

Tal como no caso da Alemanha nazi e do estado Israelita, o terror tem sido a vantagem escondida do governo Norte Americano. Eles até adoptaram o modelo de segurança Israelita. Eles ignoram totalmente que os Estados Unidos não estão sobre ocupação tal como o povo Palestiniano está na Palestina, e que o alegado terrorismo na Terra Santa é simplesmente uma reacção contra uma brutal ocupação.

A US Homeland Security (Segurança da Pátria Mãe dos EUA) (o ministério das mentiras Orwellianas) gostaria de usar o sistema anti-terrorismo Israelita, que é usualmente pago pelos contribuintes Norte Americanos (o governo dos EUA dá a Israel 7 a 8 biliões de dólares por ano em dinheiro por serem nosso amigos, para além do material militar grátis, tecnologia nuclear e contractos).

Como nosso representante no Próximo Oriente, uma companhia Israelita desenvolveu um sistema que combina alta tecnologia com psicologia comportamental. Tem o nome de WeCU, abreviação de “We See You” (Nós estamos a ver-vos) (do mesmo modo que o Big Brother vos vê). Este sistema projecta imagens numa parede e monitoriza as reacções de pessoas. “Se você percorre-se um aeroporto e vi-se uma fotografia da sua mãe, não conseguiria deixar de responder.”

Ou se fosse um terrorista, continuando com a mesma lógica, responderia a um símbolo de um grupo terrorista ou a imagéticas semelhantes. A reacção a estas imagens podem ser um movimento súbito dos olhos, um ritmo cardíaco acelerado, um tique nervoso ou uma respiração mais rápida, disse Ehud Givon, o CEO da companhia. Se os sistema observa comportamentos suspeitos, a pessoa é detida e interrogada. “ Um por um, pode-se evidenciar do fluxo de pessoas as que possuem intenções maliciosas”, disse Givon. Responsáveis Norte Americanos estão a considerar o modelo Israelita para a segurança de aeroportos. Israel pratica distinção étnica no aeroporto de Ben-Gurion. Judeus Israelitas passam tipicamente sem problemas, enquanto outros como os seus primos Palestinianos podem ser levados à parte para uma interrogação em pormenor, ou até para serem revistados a todo o corpo (envolvendo a total remoção da roupa). “Por outras palavras, se for um Árabe ou um Palestiniano vai ser revistado e sujeito a procuras em cavidades corporais. [4]

Claro que o processo de intimidação, que despoleta ansiedade, medo e falsos positivos não conta, porque o sistema não foi desenhado para funcionar, mas para assediar e intimidar as vítimas identificadas tal como a Stasi fazia na Alemanha de Leste e os Sovietes na União Soviética. O próprio ódio dos Israelitas em serem Judeus combinado com o seu desespero de serem identificados como Europeus (especialmente Alemães) tem ofuscado continuamente o seu julgamento e forçados a projectar o seu próprio ódio contra os seus primos Árabes e reencenar a sua perseguição nos seus irmãos Palestinianos a quem ocupam e matam numa diariamente, mesmo tendo em conta, que os Europeus Cristãos, perseguiram, queimaram e assassinaram milhões de Judeus através da História.

O propósito do terrorismo

De acordo com Herman e O'Sullivan, o terrorismo tem servido outros propósitos no Ocidente para além da mobilização de populações em suporte de operações de contra revolta nas províncias. Criou um amedrontamento e uma irracionalidade generalizada que dão aos lideres governamentais uma maior liberdade de acção. Por exemplo, a administração Reagan precisava de uma ameaça terrorista ligada a um inimigo estrangeiro para justificar a sua enorme acumulação de armas no inicio dos anos 80 e para distrair a atenção das sua politicas económicas e sociais regressivas. [5] Thorstein Veblen (economista Americano e critico social) apontou em 1904 que a militarização para o combate de um inimigo estrangeiro é a melhor e mais natural esperança da elite Americana como “um correctivo para 'agitação social' e desordens semelhantes da vida civilizada” e a rota para a “submissão popular e miséria”.[6] Assim sendo, oponentes da militarização e de medidas duras contra menoridades dissidentes são paralisados por propaganda terrorista, e é muito difícil fazer alguma coisa que demagogos possam interpretar como “ajuda a terroristas”.

Ironicamente, o alegado bombista do Natal/roupa interior Nigeriano que estava listado na nossa base de dados como um terrorista e que não tinha casaco durante a sua viagem aos Estados Unidos (a despeito das temperatura negativas) nem bagagem, tinha bilhete apenas de ida, e foi ajudado por uma personagem profissional e misteriosa que o ajudou a entrar no avião, foi-lhe facilmente garantido um visa pela embaixada dos EUA.

São os nosso funcionários em embaixadas tão ineptos que continuam a fazer os mesmos erros uma e outra vez?

Ou a incompetência é sempre uma melhor estratégia do que cumplicidade e traição?

O incidente do dia de Natal criou uma distracção enorme durante as férias, reavivou a existência da mítica Al Qaeda, e foi usado como uma ferramenta de propaganda governamental para aumentar o medo no publico.

Óbvio, que após alguns dias, uma cassete áudio fabricada do passado Osama Bin Laden convenientemente apareceu corroborando a ligação do bombista Nigeriano e da Al Qaeda.

Este evento preparou o palco para o próximo nível de propaganda terrorista que vai preparar o caminho para perdas de liberdade adicionais e contractos multi-milionários para o Complexo Industrial Terrorista que vai providenciar aeroportos de todo o Mundo com máquinas de sondar o corpo para proteger os rebanhos do terrorismo. Vamos relembrar que ao usar intermitentemente a promoção do medo ao longo de incidentes conturbados é uma grande estratégia de marketing para vender aparelhos de segurança caros e erodir a liberdade. Assim não há admiração que a maioria dos Americanos favoreçam discriminação étnica e scans corporais em aeroportos, de acordo com um recente estudo efectuado pelo jornal pró-governamental USA Today. [7] Como mencionei num artigo prévio as pessoas prescindiram sempre da sua liberdade em favor de segurança, e que o Sr. Obama aprendeu depressa o facto de que o trunfo da guerra permanente contra o terror é o ingrediente inerente para manter o seu poder, e garantir um segundo termo.

Consequentemente, a parceria publica-privada do CIT vai continuar a promover mais tecnologia para segurança. Por exemplo, tecnologia de scanear a íris em aeroportos, providenciada pela empresa L1-ID Solutions, uma companhia da qual George Tenet, antigo responsável máximo da CIA, beneficiou grandemente como um dos maiores accionistas e como o antigo director da Viisage que foi comprada pela L-1 ID Solutions, vai eventualmente ser implementada.[8] Ou da próxima vez que decidir voar, a Homeland Security e a sua subdivisão TSA (a policia do pensamento e do comportamento) podem aplicar-lhe uma bracelete eléctrica que serviria como bilhete de embarque, poderia servir para encontrar a sua bagagem perdida, disparar um alarme numa área onde não poderia estar, acorda-lo com um choque eléctrico se adormecer ajudando-o assim a não perder o seu voo. Subsequentemente, uma hospedeira de bordo poderia aplicar-lhe um choque e/ou imobiliza-lo caso você saia fora dos limites. Claro que esta bracelete é criada para a sua segurança e para a segurança da sua bagagem, caso esta se perca. Um alto representante do governo expressou interesse nestas braceletes em 2006. Contudo, hoje ainda não é certo que esta seja uma tendência para o futuro das viagens aéreas.

Racismo como uma ferramenta para promover terrorismo e suspender direitos naturais

Desista da sua liberdade ou morra! É este o slogan que a maioria dos Americanos acredita nesta altura, e que lhes é dito pelo seu governo. O que é a perda de alguns direitos sagrados quando nós podemos manter-vos em segurança e vivos, pergunta o nosso governo? Adicionando a isto, o nosso governo implica que não estamos a exercer discriminação contra vocês, mas que eles estão apenas a apontar para um grupo étnico e/ou racial especifico, que não se parece consigo e que quer mata-lo. È a nossa guerra santa (Jihad) contra o homem mau e de cor escura versus o homem cristão branco puro e bom (mesmo sendo a pureza um mito e a humanidade sendo uma piscina de simplórios que se emaranharam ao longo de milhares de anos). O governo também nos vai dizer que vai usar as violentas tácticas terroristas para erradicar, como ensinado pelo nosso Senhor Jesus Cristo. É este o dogma do nosso alegado governo cristão evangélico dos EUA.

Historicamente, cada raça dominante e cultura auto nomeou-se como a suprema e o resto teve de seguir. Em contraste com a bíblia os dóceis não herdaram a Terra, mas morreram como baratas insignificantes. Racismo como o ódio e a capacidade de destruição são parte do carácter humano. É definitivamente uma grande ferramenta politica, a criação de divisões entre as massas para as dominar; juntando a isto, a desvalorização das pessoas justifica a sua erradicação. Os poderes instituídos têm a habilidade de definir uma raça e de alterar a mesma definição baseado no clima politico do dia. A ilusão de pertencer a um grupo superior ajuda a compensar a pessoa que se sente minúscula, e em consequência a filiação no grupo leva-o a pensar-se um gigante apelando ás suas tendências narcisisticas. Narcisismo em grupo é um factor chave no racismo. É alimentado e perpetuado por políticos. Racismo e medo andam de mão dada. Medo é uma resposta natural para auto-preservação. Através da ligação do medo com o racismo e induzindo-o artificialmente nas pessoas, consegue-se enfraquecer as massas e dividi-las, fabricar consenso e tornar o racismo hum mecanismo para uma pseudo auto-preservação. [3]

Uma breve vista do Complexo Industrial Terrorista (CIT)?

De acordo com Herman e O'Sullivan, o complexo industrial terrorista consiste de agências de segurança bastante próximas dos governo. Muitos dos seus empregados são pessoas que anteriormente trabalharam no governo em áreas da inteligência e militares.

Os especialistas em terrorismo do sector privado no ocidente que chegam aos média são geralmente afiliados com os institutos industriais e grupos de especialistas terroristas. Uma grande fracção destes especialistas têm também relações privilegiadas com o governo e com agências governamentais de inteligência, e muitos têm ligações a empresas de segurança privadas.

Sendo assim eles reflectem as opiniões oficiais e a agenda do estado, e raramente saem do escopo das assumpções do modelo ocidental de terrorismo. Alguns do especialistas têm um interesse material na “inflação da ameaça”. [5] A indústria de segurança serve empresas e governo; sendo assim aproxima-se do “terrorismo” do ponto de vista dos seus empregadores e princípios. Alguns segmentos, especialmente aqueles que providenciam serviços de segurança e recrutam e treinam mercenários, são muitas vezes braços do governo que cumprem acções clandestinas pelas quais o governo não quer admitir responsabilidade.

Os líderes do negócio da segurança organizam e participam regularmente em conferências, audições e seminários sobre terrorismo, e são especialistas consultados pelos media para explicar e mostrar como lidar com a ameaça terrorista. Devido à sua posição estrutural e função, os membros da industria de segurança olham para o terrorismo estritamente dentro dos moldes do modelo ocidental. E eles têm um interesse material em inflacionar a ameaça do terrorismo para elevar a sua própria importância como fornecedores de serviços de contra-terrorismo. Como o ocidente toma parte e suporta o terrorismo sobre a desculpa de responder à violência de outros, a industria de segurança naturalmente gravita para o suporte e participação em terrorismo real, como exemplificado pelo aconselhamento aos militares Guatemaltecos e Hondurenhos sobre a apreensão e interrogação dos, por eles chamados, terroristas e ajuda dos contras Nicaraguanos. No ocidente isto é tudo conhecido como contra-terrorismo.[5]

A industria naturalmente exclude o terrorismo do ocidente e dos seus clientes da agenda terrorista, e de facto, faz com que governos terroristas, como os governos da África do Sul e El Salvador, vitimas de terrorismo empenhadas em contra-terrorismo. A imprensa segue de perto o caminho da indústria do terrorismo. Assim Abu Nidal, vagamente associado com a Líbia e Síria, recebe grande atenção como um terrorista; os lideres da RENAMO, os quais chacinaram civis desarmados excederam aqueles de Abu Nidal por um factor de muitas centenas, mas que são substitutos de um cliente ocidental e aliado, a África do Sul, são raramente postos em listas de terroristas oficiais e de peritos e é lhes dada pouca atenção inspirando pouca indignação nos média de massas. Mesmo depois do próprio Departamento de Estado ter emitido um relatório a documentar as mortes em grande escala causadas pela RENAMO, a atenção dos média de massas foi fugaz e a sua indignação foi cometida (em contraste com a sua reacção aos campos de morte no distante Cambodja). Até mesmo terroristas tradicionais, como Orlando Boschand Luis Posada Carriles, que explode com aviões comerciais e se dedica a múltiplos assassínios, não atrai uma atenção substancial por parte dos media. Desde que apenas ataquem cidadãos, infra-estruturas e amigos de estados inimigos, a industria do terrorismo e os média mostram pouco interesse nas suas actividades. Este padrão é subtil, e as escolhas não têm nada a haver com a substância do terrorismo – em verdade, elas envolvem comummente um ênfase em terrorismo de menor escala e uma aversão simultânea a terror indiscriminado. As escolhas são simplesmente feitas à medida da necessidade de propaganda e politicas do ocidente. Se é verdade que parte uma parte substancial do terrorismo anti-ocidente é uma resposta ao terrorismo do ocidente, então a solução do problema do terrorismo para o ocidente é simples: Parem de o fazer! Os média do EUA confiam quase exclusivamente no governo e no sector privado da industria do terrorismo para a sua identificação de terroristas, modelos de terroristas, factos e soluções propostas.[5]

Manufacturação de terrorismo

Existem várias formas de terrorismo manufacturado. Um é a inflação da ameaça que está na base de modestas e não muito ameaçadoras, mas concebíveis acções reais (tais como o weather underground e os Curdos da Alemanha Ocidental). Outro é a falsa transferência de responsabilidade de um acto terrorista a um vilão conveniente, tal como no caso do baleamento do Papa por parte de Agca. A onda de atentados bombistas no inicio e meados dos anos oitenta na Europa Ocidental tinham a assinatura de ser, pelo menos em parte, terrorismo manufacturado. Os atentados eram demasiado convenientes para a propaganda ocidental; muitos deles, especialmente aqueles dirigidos contra instalações da NATO, foram simbólicos e ineficientes. [5] Os exemplos de terrorismo manufacturado são inúmeras, e vai continuar a ser utilizado em beneficio das agendas politicas de governos ocidentais. O terrorismo também é manufacturado no sector privado para incriminar lideres de sindicatos, activistas e inimigos políticos, algumas vezes em conluio com agentes do estado. Em cima disto, o ocidente produziu uma industria de institutos e especialistas que formulam e veiculam análises e informação de acordo com as necessidades do ocidente. Estes institutos, fazendo parte integrante do Complexo Industrial Terrorista são projectados para dar estatuto autoritário a especialistas que confirmam e reforçam a propaganda do estado, para ocupar o espaço informativo que pode de outro modo ser usado por vozes dissidentes, e assim garantindo factos e opiniões finais. O governo e os meios económicos de corporações alimentam os institutos e os grupos de especialistas que patrocinam por sua vez intelectuais e jornalistas convenientes, que veiculam as mensagens requeridas. A função dos especialistas é meramente clarificar e elaborar verdades pré-estabelecidas, que reflectem um sistema de propaganda efectivo.

Terrorismo como uma ferramenta para o poder e para roubo de dinheiro público

Como vimos, existam vários factores que influenciam o terrorismo, e estão todos relacionados, sendo manipulados para servir propósitos políticos, com o intuito de aumentar a riqueza, poder e dominação global da elite. O ingrediente chave para retirar das pessoas o seu dinheiro, privilégios adquiridos e direitos naturais tais como a liberdade é que o governo os agarre em incrementos através do que os psicólogos sociais chamam o efeito de inoculação. Por exemplo, não se retira os privilégios da segurança social de um dia para o outro, em vez disso retiram-se em pequenas doses através de meios fraudulentos, regularmente e gradualmente reduzindo estes benefícios a nada, enquanto as massas se tornam insensíveis à ideia de os perder. Como lideres religiosos, os nossos governos de parcerias publico-privadas (PPP) têm roubado riqueza consistentemente e regularmente ás massas. Através de taxas e inflação (taxas indirectas) induzidas e justificadas por gastos deliberados e imorais, usados para financiar as suas agendas politicas, eles transferiram a riqueza das nações para eles próprios e para a sua outra metade na elite industrial global. Entretanto o terror fabricado vai continuar a ser uma grande ferramenta de controle e de riqueza para as elites que transformaram os seus mercenários e criminosos em terroristas famosos e estrelas a nível global.

Notas:

1.Merriam-Webster's 11th Collegiate Dictionary

2.The United States Congressional and Administrative News, 98th congress, Second session, 1984, Oct 19, volume 2; par 3077, 98 STAT, 2707 (West publishing Co. 1984).

3.R. Skaff, (2007), The Human Manifesto, PA, Maryland.

4.Michael Tarm, (January 8, 2010). Associated Press, 'Mind-reading systems could change air security.'

5.E. Herman, G. O'Sullivan (1984), The "Terrorism" Industry: The experts and institutions that shape our view of terror, Random House Publishing, New York.

6.Throstein Veblen, The theory of Business Enterprise (New York: Scribner, 1904), pp. 393-94.

7.Thomas Frank , USA Today (01-11-2010), 'Most OK with TSA full-body scanners'

8.Shorrock, T. (05-07, 2007). George Tenet cashes in on Iraq, Salon.com

9.Youtube, 2010. 'DHS Showed Interest in Shock Bracelet for Airline Passengers'

10.Worldnet Daily (July 8, 2008) Latest buzz: Shock bracelets for all airline passengers 'Just when you thought you've heard it all'

Ponerologia Política: Uma Ciência sobre a Natureza do Mal ajustada para propósitos políticos

Laura Knight-Jadczyk
Signs of the Times
Traduzido pelo grupo de tradução português
24/02/10

Caros leitores, gostaríamos de chamar a vossa atenção para este artigo de extrema importância para compreender o actual mau-estar do nosso Mundo, e onde se encontra a origem para tal miséria.

O artigo, escrito por Laura Knight-Jadczyk, é uma revisão e sumário de um livro redigido por um psicologista Polaco de seu nome Andrew M. Lobaczeski. De acordo com a Srª. Knight-Jadczyk este pode ser o livro mais importante que alguém pode ler durante a sua vida. Explica a incidência da psicopatia e outras desordens de personalidade (caracteropatias) e como se infiltram em todas as áreas da sociedade, que tem como resultado um efeito tremendamente negativo nas nossas vidas e mentes. Também nos proporciona com ferramentas, e uma mensagem de esperança em relação a como nos podemos proteger e a melhor nos imunizar-mos desta influência.

Devido à extensão do artigo iremos publicar-lo por partes.

A plutocracia é uma doença de grandes movimentos sociais seguida por sociedades inteiras, nações e impérios. Durante o curso da historia Humana, ela afectou movimentos sociais, políticos e religiosos, bem como as ideologias que as acompanhavam … tornando-as em caricaturas de elas próprias… Isto ocorreu devido à … participação de agentes patológicos num processo patodinâmico similar. Isto explica porque é que todas as plutocracias do Mundo são, e sempre foram, tão similares nas suas propriedades essenciais.

… A identificação deste fenómeno através da história e a sua classificação correcta de acordo com a sua verdadeira natureza e conteúdos – não de acordo com a ideologia em questão, que sucumbiu ao processo de caricatura – é um trabalho para historiadores. […]

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As acções de uma plutocracia afectam uma sociedade inteira, começando pelos líderes e infiltrando-se em cada cidade, negócio e instituição. A estrutura social patológica cobre gradualmente todo o país criando uma nova “classe” dentro da nação. Esta classe privilegiada [de plutocratas] sente-se constantemente ameaçada pelos “outros”, ou seja pela maioria das pessoas normais. Nem tão pouco os plutocratas têm ilusões sobre o seu destino pessoal se houvesse um retorno ao sistema do Homem normal. [Andrew M. Lobaczewski Political Ponerology: A science on the nature of evil adjusted for political purposes]

A palavra psicopata evoca geralmente imagens do pouco restringido – mas surpreendentemente urbano – Dr. Hannibal Lecter do filme “Silêncio dos Inocentes”. Eu admito que era esta a imagem que me que ocorria à mente sempre que ouvia a palavra. Mas estava errada, e iria aprender esta lição de forma bastante dolorosa por experiência directa. Os detalhes exactos são contados num outro sítio; o que é importante é que esta experiência foi provavelmente um dos mais dolorosos e instrutivos episódios da minha vida e permitiu-me superar um bloqueio de percepção do mundo à minha volta e das pessoas que nele habitam.

Em relação a bloqueios de percepção, preciso comunicar para que fique registado, que passei 30 anos a estudar psicologia, historia, cultura, religião, mitologia e o chamado paranormal. Também trabalhei durante muitos anos com hipnoterapia – que me facilitou um conhecimento mecânico bom sobre como a mente/cérebro dos seres humanos opera a níveis bastante profundos. Mas mesmo assim, eu ainda funcionava com certos dogmas firmemente ancorados que foram estilhaçados com a minha pesquisa sobre psicopatia. Percebi que existiam um grupo de ideias, que tinha sobre os seres humanos que eram sacrossantas. Tendo até escrito sobre isso a uma dada altura da seguinte forma:

… o meu trabalho mostrou-me que a vasta maioria das pessoas querem fazer bem, experienciar coisas boas, ter bons pensamentos e tomar decisões com bons resultados. E elas tentam com toda a sua força fazê-lo! Com a maioria das pessoas a ter este desejo interno, porque diabo não está a acontecer.

Fui ingénua, admito. Houve muitas coisas que desconhecia e que aprendi desde que escrevi essas palavras. Mas mesmo nessa altura estava consciente de como as nossas mentes podem ser usadas para nos enganar.

Mas, que crenças possuía eu que me faziam vítima de um psicopata? O primeiro e mais óbvio é que eu acreditava verdadeiramente que no âmago, todas as pessoas são basicamente “boas” e que elas “querem fazer bem, experienciar coisas boas, ter bons pensamentos e tomar decisões com bons resultados. E elas tentam com toda a sua força fazê-lo…”

Como é sabido, isto não é verdade como eu – e todas as pessoas envolvidas no nosso grupo de trabalho – aprendi para o nosso desgosto, como se costuma dizer. Mas também aprendemos para a nossa edificação. De maneira a chegar a algum entendimento sobre exactamente que tipo de ser humano pode fazer as coisas que me foram feitas a mim (e a outros chegados a mim), e como podem eles ser motivados – até impulsionados – a comportarem-se desta maneira, começamos a pesquisar literatura sobre psicologia à procura de pistas porque precisávamos de entender para a nossa própria paz de espírito.

Se existe uma teoria psicológica que pode explicar comportamentos prejudiciais e viciosos, esta ajuda grandemente a vítima de tais actos ter essa informação para que não passe todo o tempo a sentir-se magoada e zangada. E certamente, se existe uma teoria psicológica que pode ajudar uma pessoa a encontrar o tipo de palavras e acções que podem atravessar o abismo entre pessoas, em ordem a sarar desentendimentos, esse é um objectivo digno. Foi a partir de uma tal perspectiva que começamos o nosso extenso trabalho sobre o assunto do narcisismo que depois deu origem ao estudo de psicopatia.

Claro, que não começamos com esse diagnóstico ou rotulo para o que estávamos a testemunhar. Começamos com observações e pesquisamos literatura à procura de pistas, perfis, e de qualquer coisa que nos ajudasse a compreender o mundo interno do Ser Humano – em boa verdade de um grupo de Seres Humanos – que pareciam ser absolutamente depravados e totalmente diferentes de tudo o que tínhamos encontrado anteriormente.

Imaginem – se puderem – não possuírem uma consciência, nenhuma de todo, não terem sentimentos de culpa ou remorso independentemente dos actos praticados, não terem um limitante sentido de preocupação para com o bem-estar de estranhos, amigos ou até membros familiares. Imaginem não ter que lutar contra a vergonha, nenhuma vez durante a vossa vida, independentemente do acto egoísta, indolente, prejudicial ou imoral que tenham tido.

E finjam que o sentido de responsabilidade é desconhecido para vocês, excepto como um fardo que os outros parecem aceitar sem questões, como tolos crédulos.

Agora junte a esta estranha fantasia a habilidade de dissimular ou ocultar de outras pessoas que o vosso perfil psicológico é radicalmente diferente do deles. Desde que todas as pessoas assumam simplesmente que a consciência é algo universal em todos os seres humanos, esconder o facto de que se é livre de consciência é praticamente feito sem esforço.

Você não se retrai por culpa ou vergonha de nenhum dos seus desejos, e nunca se é confrontado por outros pela sua frieza. A água gelada nas vossas veias é tão bizarra, tão completamente fora da experiência pessoal dos outros, que eles raramente se dão conta da vossa condição.

Por outras palavras, vocês são completamente livres de restrições internas, e a vossa liberdade sem entraves para fazer o que quiserem, sem dores de consciência, é convenientemente invisível ao mundo.

Vocês podem fazer tudo o quiserem, e mesmo assim a vossa estranha vantagem sobre a maioria das pessoas, que são colocadas em linha pela sua consciência, vai com toda a probabilidade permanecer não descoberta.

Como irá viver a sua vida?

O que vai fazer com esta sua enorme e secreta vantagem, e com a desvantagem correspondente das outras pessoas (consciência)?

A resposta vai depender em larga medida dos desejos que tem, porque as pessoas não são todas iguais. Até mesmo os profundamente pouco escrupulosos não são todos iguais. Algumas pessoas – apesar de terem uma consciência ou não – dão preferência à facilidade da inércia, enquanto outros estão cheios com sonhos e ambições selvagens. Alguns seres humanos são brilhantes e talentosos, alguns são pouco inteligentes, e a maior parte, com consciência ou não, estão algures no meio. Existem pessoas violentas e não violentas, indivíduos que são motivados pela sede de sangue e aqueles que não têm tal apetite. […]

Dando-se o caso de que não é forçosamente parado, pode fazer o que quiser.

Se nascer no momento certo, com algum acesso a fortunas familiares, e tem um talento especial para “enaltecer” o sentido de ódio e de privação de outras pessoas, pode arranjar maneira de matar largos números de pessoas desavisadas. Com dinheiro suficiente, pode realizar isto de bastante longe, e pode sentar-se confortavelmente e observar com satisfação. […]

Louco e assustador – e real, em cerca de 4 por cento da população….

A taxa de prevalência para desordens relativas à anorexia está estimada em 3,43 por cento, considerada como quase epidémica, e mesmo assim este número é uma fracção mais baixo do que a taxa de transtorno de personalidade anti-social. As desordens de maior grau classificadas como esquizofrenia ocorrem em apenas 1 por cento da população – um mero quarto da taxa de personalidade anti-social – e os centros de controlo de doenças e prevenção afirmam que a taxa de cancro do cólon nos Estados Unidos da América, considerada alarmantemente alta, é de cerca de 40 para 100.000 – mil vezes mais baixa que a taxa de transtorno de personalidade anti-social.

A alta incidência da sociopatia na sociedade humana tem um profundo efeito no resto de nós que também temos de viver neste planeta, mesmo para aqueles de nós que não foram clinicamente traumatizados. Os indivíduos que constituem estes 4 por cento secam as nossas relações, as nossas contas bancárias, os nossos feitos, a nossa auto-estima, a nossa própria paz na Terra.

Porém surpreendentemente, muitas pessoas nada sabem sobre esta desordem, ou se sabem, pensam apenas em termos de psicopatia violenta – assassinos, assassinos em série, assassinos em massa – pessoas que conspicuamente quebraram a lei vezes sem conta, e que, se apanhadas, serão encarceradas, talvez até sujeitas à pena de morte, onde esta se aplicar.

Comummente não temos percepção, nem usualmente identificamos, o grande número de sociopatas entre nós, pessoas que muitas vezes não são violadores da lei flagrantes, e contra as quais o nosso sistema legal pouca protecção oferece.

A maioria de nós não imaginaria nenhuma correspondência entre conceber um genocídio étnico e, por exemplo, mentir sem sentimento de culpa ao nosso patrão sobre um colega de trabalho. Mas a correspondência psicológica não está apenas lá; é de arrepiar. Simples e profundo, o elo é a falta do mecanismo interior que nos castiga, emocionalmente falando, quando efectuamos uma escolha que vimos como imoral, anti-ética, negligente ou egoísta.

A maioria de nós sente-se mais ou menos culpada se comer a ultima fatia de bolo na cozinha, sem falar como nos deveríamos sentir se intencionalmente e metodicamente nos propuséssemos a magoar outra pessoa.

Aqueles que, de todo, não têm consciência são um grupo próprio, quer sejam déspotas homicidas ou meramente atiradores furtivos sociais sem escrúpulos

A presença ou ausência de consciência é uma profunda divisão humana, sem questão mais significante que a inteligência, raça ou mesmo sexo.

O que diferencia um sociopata que vive do trabalho dos outros de um que ocasionalmente rouba uma loja, ou de um que seja um barão criminoso contemporâneo – ou o que diferencia um ordinário “bully (provocador)” de um assassino sociopata – não é mais nada que o estatuto social, motivação, intelecto, sede de sangue ou simplesmente oportunidade.

O que distingue todas estas pessoas do resto de nós é um buraco absolutamente vazio na psique, onde deveria estar a mais evoluída de todas as funções humanizantes.
[Martha Stout – The Sociopath Next Door] (altamente recomendado)

Nós não tivemos a vantagem do livro da Dr. Stout no inicio do nosso projecto de pesquisa. Tivemos, com certeza, Hare e Cleckley e Guggenbuhl-Craig e outros. Existem ainda mais que apareceram nos últimos anos em resposta às questões que estavam a ser formuladas por muitos psicólogos e psiquiatras sobre o estado do nosso mundo e a possibilidade de existir uma diferença fundamental entre indivíduos como George W. Bush e muitos dos chamados Neocons, e o resto de nós.

O livro da Dr. Stout tem uma das explicações mais extensas sobre o porque de nenhum dos seus exemplos se assemelharem a nenhuma pessoa que eu tenha lido. E depois, num capítulo inicial, ela descreve um caso “compósito” onde o sujeito passou a sua infância a explodir rãs com bombas de carnaval. É bastante conhecido que George W. Bush fez isto, dai que uma pessoa naturalmente se questione …

De qualquer maneira, mesmo sem o trabalho da Dr. Stout, na altura em que estávamos a estudar o assunto, apercebemo-nos do que o que estávamos a aprender era bastante importante para todos porque à medida que os dados se iam juntando, vimos que as pistas, os perfis, revelaram que os problemas que estávamos a enfrentar foram enfrentados por todos em uma ou outra altura, em uma ou outra proporção. Também começámos a apercebermo-nos que os perfis que emergiram também descreviam, de uma maneira acertada muitos indivíduos que procuram posições de poder em campos de autoridade, particularmente na política e comércio. Isto realmente não é uma ideia surpreendente, mas honestamente não nos tinha ocorrido até termos visto os padrões e os reconhecermos em comportamentos de numerosas figuras históricas, e ultimamente em George W. Bush e em membros da sua administração.

Estatísticas actuais dizem-nos que existem mais pessoas consideradas doentes psicologicamente que saudáveis. Se se tirar uma amostra de pessoas de um determinado campo, vai provavelmente constatar que um número significativo delas irá demonstrar sintomas patológicos com vários graus de gravidade. A política não é excepção, e pela sua própria natureza, tenderia a atrair mais patologias do “tipo dominador” do que noutros campos. Isto é apenas lógico, e nós começámos a entender que não era apenas lógico, era horrificamente preciso; horrificamente porque patologias entre pessoas com poder podem ter efeitos desastrosos em todas as pessoas sob o controle de tais indivíduos patológicos. Daí, decidimos escrever sobre este assunto e publicá-lo na Internet.

Conforme o material foi sendo divulgado, cartas dos nossos leitores começaram a chegar agradecendo-nos por pôr um nome naquilo que estava a acontecer nas suas vidas pessoais assim como a ajuda-los a compreender o que estava a acontecer num mundo que parece que ficou completamente louco. Começámos a pensar que era uma epidemia e num certo sentido, estávamos correctos; apenas não no sentido que pensávamos. Se um indivíduo com uma doença altamente contagiosa trabalha num emprego que o põem em contacto com o publico, uma epidemia é o resultado. No mesmo sentido, se um indivíduo numa posição de poder politico é um psicopata, ele, ou ela, pode criar uma epidemia de psicopatologia em pessoas que não são, em essência, psicopáticas. As nossas ideias ao longo desta linha demoraram pouco tempo a receber confirmação de uma fonte inesperada. Eu recebi um e-mail de um psicologista Polaco que me escreveu da seguinte forma:

Caras Senhoras e Senhores.

Tenho o vosso projecto de investigação especial sobre psicopatia no meu computador. Vocês estão a fazer um trabalho da maior importância e valor para o futuro das nações. […]

Sou um psicólogo clínico, bastante envelhecido. À quarenta anos atrás participei numa investigação secreta sobre a verdadeira natureza e psicopatologia do fenómeno macro-social chamado “comunismo”. Os outros investigadores eram os cientistas da prévia geração, tendo já falecido.

O estudo profundo da natureza da psicopatia, que desempenhou o papel essencial e inspirador neste fenômeno psicopatológico macro-social , e que o distingue de outras anomalias mentais, parecia ser a preparação necessária para a compreensão de toda a natureza do fenómeno.

A maior parte do trabalho, que estão a efectuar agora, foi feita nesses tempos. …

Tenho possibilidade de vos facilitar um, deveras valioso, documento científico, útil para os vossos propósitos. É o meu livro “PONEROLOGIA POLITICA – Uma ciência sobre a natureza do mal ajustada para propósitos políticos”. Podem também encontrar uma cópia deste livro na Biblioteca do Congresso e algumas universidades e bibliotecas públicas nos EUA.

Tenham a amabilidade de me contactar para que vos possa enviar uma cópia.

Atenciosamente!

Andrew M. Lobaczewski

Prontamente escrevi uma resposta. Um par de semanas depois o manuscrito chegou ao correio.

Ao longo da leitura, apercebi-me do que estava a segurar nas mãos era essencialmente uma crónica de uma descida ao inferno, transformação, e retorno triunfante ao mundo com um conhecimento desse inferno que era inestimável para o resto de nós, particularmente nestes dias em que parece evidente que um inferno similar está a envolver o planeta. Os riscos que foram tomados pelos cientistas que efectuaram a pesquisa na qual o livro é baseado estão para além da compreensão de muitos de nós. Muitos deles eram jovens, a começarem as carreiras quando os nazis começaram a atravessar e a subjugar a Europa sobre as suas botas de cano alto. Estes investigadores viveram através disso, e depois quando os nazis foram repelidos e substituídos pelos comunistas sobre o calcanhar de Stalin, enfrentaram anos de opressão, os quais não podem ser nem sequer imaginados por aqueles de nós que escolhem hoje fazer frente ao Bush Reich. E assim, como estavam lá, e viveram através disso, e trouxeram de volta informação para o resto de nós, pode bem ser que as nossas vidas possam ser salvas por ter um mapa para nos guiar na escuridão descendente. É neste contexto que gostaria de demonstrar como o Dr. Lobczewski discute o valor dos estudos clínicos e próximo do mal no seu livro, antes de nos voltarmos para o assunto da Ponerologia:

Esta nova ciência é incalculavelmente rica em detalhe casuísta… Contém conhecimento e uma descrição do fenómeno nas categorias das ciências naturais, com as correspondentes modificações de acordo com a necessidade de entendimento de [muitos] assuntos…

O desenvolvimento desta familiaridade com o fenómeno é acompanhada pelo desenvolvimento de linguagem comunicativa, através da qual a sociedade pode manter-se informada e emitir avisos de perigo. Uma terceira linguagem aparece assim em paralelo com a doubletalk (linguagem ambígua) ideológica… em parte, pede emprestado nomes utilizados pela ideologia oficial nos seus significados modificados. Em parte, esta linguagem opera com palavras emprestadas de piadas ainda mais animadas. Apesar da sua estranheza, esta linguagem torna-se num meio útil de comunicação e tem um papel na regeneração de elos sociais. … Não obstante, apesar de esforços por parte de homens de letras e jornalistas, esta linguagem mantém-se comunicativa apenas em círculos de iniciados; torna-se hermética fora do âmbito do fenómeno, incompreensível para pessoas às quais falta a experiência pessoal apropriada. […]

Esta nova ciência, expressa numa linguagem derivada de uma realidade desviante, é algo de estranho a pessoas que desejam compreender este fenómeno macro-social mas pensam nas categorias dos países do homem normal. Tentativas para compreender esta linguagem produzem um certo sentido de desamparo que dá azo à tendência de criar doutrinas próprias, construídas de conceitos próprios do mundo pessoal e de uma certa quantidade de material de propaganda patocratica. Tal doutrina - um exemplo seria a doutrina anti-Comunista Norte Americana – faz com que entender essa outra realidade seja ainda mais difícil. Que a descrição objectiva apresentada aqui os possibilite a ultrapassar o impasse assim gerado.[...]

O papel específico de certos indivíduos durante esses tempos merece uma atenção especial; eles participaram na descoberta da natureza desta nova realidade e ajudaram outros a encontrar o caminho certo. Estes indivíduos tinham uma natureza normal, mas uma infância infortunada, sendo sujeitos desde muito novos a uma dominação de indivíduos com vários desvios psicológicos, incluindo egotismo patológico e métodos de aterrorizar outros. O novo sistema de dominação fez-se notar a tais pessoas como um sistema de multiplicação social do que eles conheciam por experiência pessoal. Desde o inicio, eles assim viram esta realidade muito mais prosaicamente, imediatamente tratando a ideologia de acordo com as historias paralogisticas bem conhecidas deles, que o propósito era esconder a amarga realidade das suas experiências juvenis. Rapidamente atingiram a verdade, pois a génese e natureza do mal são análogas irrespectivamente da escala social em que aparecem.

Tais pessoas raramente são compreendidas em sociedades felizes, mas aí tornam-se úteis; as suas explicações e conselhos provaram-se certos e foram transmitidos a outros ao juntarem-se à rede desta herança aperceptiva. Mesmo assim o seu sofrimento foi dobrado, pois este era um demasiado igual tipo de abuso para apenas uma vida. …

Finalmente, a sociedade testemunha o aparecimento de indivíduos que ganharam uma percepção intuitiva excepcional e conhecimento pratico na área de como os patocratas pensam e como um similar sistema de regras ópera.

Alguns deles tornaram-se tão proficientes na linguagem psicopática desviada e nas suas idiomáticas que eram capazes de a utilizar, tal como uma língua estrangeira que tivessem aprendido bem. Como a intenção é decifrar as intenções das autoridades, tais pessoas oferecem conselhos a pessoas que tenham problemas com as autoridades. Estes, usualmente desinteressados defensores da sociedade das pessoas normais têm um papel insubstituível na vida de uma sociedade. Os patocratas, por outro lado, nunca podem aprender a pensar em categorias humanas normais. Ao mesmo tempo, a habilidade de prever os actos de reacção de uma tal autoridade também leva à conclusão que o sistema é rigidamente causativo e tem uma lacuna na liberdade de escolha natural. [...]

Uma vez referenciei uma paciente que tinha sido cativa em um centro de concentração Nazi. Ela voltou desse inferno em uma tão boa condição que ainda foi capaz de casar e criar três filhos. No entanto, os seus métodos de educação eram tão rígidos que eram reminiscentes da vida nos campos de concentração tão teimosamente perseverante em antigos prisioneiros. As reacções das crianças foram protestos neuróticos e agressividade para com outras crianças.

Durante a psicoterapia da mãe, relembrámos as figuras de oficiais masculinos e femininos das SS, apontando as suas características psicopáticas (tais pessoas eram principalmente recrutas). Para a poder ajudar a eliminar o material patológico da sua pessoa, mostrei-lhe dados estatísticos aproximados sobre a prevalência de tais indivíduos na população como um todo. Isto ajudou-a a chegar a uma visão mais objectiva dessa realidade e a restabelecer confiança na sociedade das pessoas normais. …

Paralelo ao desenvolvimento do conhecimento prático e a uma linguagem de comunicação de quem está por dentro, outros fenómenos psicológicos tomam forma; eles são verdadeiramente significantes na transformação da vida social sobre domínio patocratico, e discerni-los é essencial se o desejo de uma pessoa for entender indivíduos e nações destinadas a viver sob tais condições e avaliar a situação na esfera política. Eles incluem a imunização psicológica das pessoas e a sua adaptação à vida sob tais condições desviantes.

Os métodos de terror psicológico (essa especifica arte patocratica), as técnicas de arrogância patológica, e as investidas de violência bruta ás almas de outras pessoas, inicialmente têm tais efeitos traumáticos que elas são privadas da sua capacidade de reacção; eu já argumentei sobre os aspectos psicológicos de tais estados. Dez ou vinte anos mais tarde, comportamentos análogos podem ser reconhecidos como uma parvoíce e não priva a vítima da sua habilidade de pensar e reagir de acordo com a situação. As suas respostas são geralmente estratégias bem pensadas, emitidas da posição de superioridade de uma pessoa normal e usualmente com um toque de ridículo. Um Ser Humano pode olhar o sofrimento e até a morte nos olhos com a calma requerida. Uma arma perigosa cai das mãos dos governantes.

Temos de entender que este processo de imunização não é apenas um resultado do aumento de conhecimento pratico do processo macro-social descrito acima. È o efeito de um processo com muitas camadas, com um gradual crescimento de conhecimento, familiarização com o fenómeno, criação dos respectivos hábitos de reacção e auto controlo, com uma concepção dos princípios morais a serem revistos. Depois de vários anos, o mesmo estimulo que anteriormente provocava impotência espiritual ou paralisia mental agora provoca o desejo de gargarejar com algo forte de modo a limpar esta sujidade.

Era um tempo, em que muitas pessoas sonhavam em encontrar um comprimido que tornaria mais fácil resistir a lidar com as autoridades ou participar nas sessões forçadas de doutrinação geralmente levadas a cabo por um personagem psicopático. Alguns anti-depressivos provaram efectivamente ter esse efeito. Vinte anos mais tarde, isto foi esquecido completamente.

Quando fui preso pela primeira vez em 1951, força, arrogância, e métodos psicopáticos para provocar confissões forçadas privaram-me quase totalmente das minhas capacidades de auto-defesa. O meu cérebro parou de funcionar depois de apenas alguns dias de encarceramento privado de água, até tal ponto em que eu não me conseguia lembrar correctamente do incidente que resultou na minha súbita prisão. Nem estava ciente de que tinha sido provocado propositadamente e que condições que permitiam auto-defesa existiam. Eles fizeram-me quase tudo o que quiseram.

Quando fui preso pela última vez em 1968, fui interrogado por cinco funcionários de segurança de aspecto feroz. Num determinado momento, depois de pensar nas suas previsíveis reacções, deixei que o meu olhar fita-se cada rosto sequencialmente, com grande atenção. O mais importante perguntou-me, “Que é que te passa pela cabeça espertinho, a olhar para nós dessa maneira?”. Respondi sem nenhum medo de consequências: “Estou apenas a pensar o porque de tantas pessoas na vossa carreira acabarem em hospitais psiquiátricos.”. Eles ficaram estupefactos durante um tempo, sendo que o mesmo homem exclamou, “Porque é um trabalho horrível!”. “Eu sou da opinião que é ao contrário”, respondi calmamente. Depois fui levado para a minha cela.

Três dias mais tarde, tive novamente a oportunidade de falar com ele, mas desta vez ele foi mais respeitoso. Em seguida ele deu ordem para que eu fosse levado -para a rua. Fui para casa no eléctrico passando por um grande parque, ainda incapaz de acreditar nos meus olhos. Uma vez no meu quarto, deitei-me na cama; o mundo não era ainda real, mas as pessoas exaustas adormecem rapidamente. Quando acordei, disse em voz alta: Querido Deus, não é suposto ser o responsável aqui neste mundo?”

Naquela altura não sabia apenas que até um ¼ de todos os oficiais da policia secreta acabam em hospitais psiquiátricos. Também sabia que a sua “doença ocupacional” é uma demência anteriormente encontrada apenas entre velhas prostitutas. O Homem não pode violar os sentimentos humanos naturais dentro dele com impunidade, qualquer que não importa qual seja a sua profissão. Desse ponto de vista, o Camarada Capitão estava parcialmente correcto. Ao mesmo tempo, contudo, as minhas reacções tornaram-se resistentes, um exemplo distante daquilo que tinham sido dezassete anos antes.

Todas estas transformações da consciência e subconsciência humana resultam em adaptações colectivas e individuais em relação a viver sobre tais sistemas. Sobre condições alteradas, tanto de limitações materiais e morais, um engenho existencial emerge, que é capaz de superar várias dificuldades. Uma nova rede da sociedade das pessoas normais é também criada para auto-ajuda e assistência mútua.

Esta sociedade age em concerto e está consciente do verdadeiro estado das coisas; ela começa a desenvolver meios de influenciar vários elementos de autoridade e de alcançar importantes objectivos sociais. ...A opinião de que tal sociedade está totalmente sem força de influência sobre o governo num tal país é assim incorrecta. Na realidade, a sociedade coopera na governação até um certo ponto, algumas vezes com sucesso outras com fracasso, nas suas tentativas de criar condições de vida mais toleráveis. Isto, contudo, ocorre numa maneira totalmente diferente do que acontece em países democráticos.

Estes processos: cognição, imunização psicológica, e adaptação permitem a criação de ligações sociais e interpessoais, que operam dentro da esfera da grande maioria a que já demos o nome de “sociedade das pessoas normais”. Estas ligações estendem-se discretamente até ao mundo da classe média do regime, entre pessoas das quais se pode ter confiança até um certo ponto. …

Troca de informação, avisos, e assistência englobam a sociedade inteira. Quem quer que seja que possa oferecer ajuda, presta-a a alguém que se encontre em problemas, frequentemente de um certo modo que as pessoas a quem é prestada a ajuda não sabem quem a prestou. Todavia, se ele causou o seu infortúnio devido à sua falta de cuidado a ao/no lidar com as autoridades, ele é confrontado com censura, mas não com a negação de ajuda.

É possível criar estes laços porque esta nova divisão da sociedade dá apenas considerações limitadas a factores tais como nível de talento ou educação ou tradições ligadas a velhos estratos sociais. Nem mesmo diferenças de prosperidade dissolvem estes laços. Um lado desta divisão contém aqueles que possuem a mais alta cultura mental, simples pessoas, intelectuais, especialistas em trabalho mental, operadores fabris, e camponeses juntos pelo protesto comum da sua natureza humana contra a dominação de uma experiência parahumana e seus métodos de governação. Estes laços criam compreensão interpessoal e simpatia entre as pessoas e grupos sociais anteriormente divididos por diferenças económicas e tradições sociais. Os processos de pensamento que servem estas ligações são de um carácter mais psicológico, isto é, permitem a compreensão das motivações de outras pessoas. Ao mesmo tempo as pessoas mais simples retém respeito por pessoas que tiveram educação e que representam valores intelectuais. Certos valores morais e sociais também aparecem, e provam que podem ser permanentes.

Contudo a génese desta grande solidariedade interpessoal só se torna compreensível quando já se conhece a natureza patológica do fenómeno macro-social que trouxe a libertação de tais atitudes, completa com o reconhecimento da humanidade de cada um e dos outros. Outra reflexão é sugerida, nomeadamente como muito diferente estes laços são da sociedade competitiva Americana …


Este trabalho é tão importante que acredito que qualquer ser humano normal deveria ler-lo para a sua própria segurança e higiene mental. Vou deixar de seguida alguns excertos importantes do livro que brevemente será editado na sua totalidade. (Na altura desta tradução já se encontra editado em língua Inglesa e Francesa)

Tirado da introdução do autor:

Apresentando este volume aos meus honrados leitores, no qual geralmente trabalhei nas horas matutinas antes de sair para ganhar a vida em um trabalho difícil, gostaria de primeiro pedir desculpas pelos defeitos que são o resultado de circunstâncias anómalas tais como a ausência de um laboratório decente. Admito prontamente que estas lacunas deveriam ser preenchidas, mesmo consumindo muito tempo, porque os factos nos quais este livro é baseado são urgentemente precisos. Não tendo o autor culpa, estes dados vieram demasiado tarde.

O leitor tem direito a uma explicação da longa historia e circunstâncias sobre as quais este livro foi compilado. Esta é a terceira vez que tratei o mesmo assunto. Atirei o primeiro manuscrito para uma caldeira de aquecimento-central, tendo sido avisado pouco tempo antes de uma rusga oficial, que aconteceu poucos minutos depois. Mandei o segundo manuscrito para um dignitário da Igreja no Vaticano através de um turista Americano sendo que me foi absolutamente impossível obter qualquer tipo de informação sobre o mesmo desde que foi levado pelo turista Americano.

Esta … historia … fez o trabalho na terceira versão ainda mais laboriosa. Parágrafos anteriores e frases antigas provenientes de um ou de ambos os primeiros manuscritos assombram a mente do escritor fazendo com que um bom planeamento do conteúdo seja mais difícil.

Os dois primeiros manuscritos foram escritos numa linguagem muito convoluta para beneficio de especialistas com o necessário conhecimento, particularmente no campo da psicopatologia. O desaparecimento irreparável da segunda versão que continha a maioria dos dados estatísticos e factos que seriam de grande valor e conclusivos para especialistas. Várias análises de casos individuais foram também perdidos.

A presente versão contém apenas dados estatísticos que foram memorizados devido ao uso frequente, ou que puderam ser reconstituídos com uma precisão satisfatória. […] Nutro também a esperança que este trabalho possa chegar a uma audiência mais vasta e que possa disponibilizar dados científicos úteis que possam ser usados como uma base de compreensão do mundo contemporâneo e da sua história. Pode também facilitar os leitores a compreenderem-se a eles próprios, aos seus vizinhos e a outras nações.

Quem produziu o conhecimento e efectuou o trabalho sumariado nas páginas deste livro? Foi uma colaboração contendo não apenas os meus esforços, mas também representando o trabalho de muitos pesquisadores...

O autor trabalhou na Polónia distante de qualquer centro activo de politica ou cultura durante muitos anos. Foi aí que efectuei um serie de testes detalhados e observações que foram combinados com as resultantes generalizações com o intuito de produzir uma introdução global para um entendimento do fenómeno macro-social que nos rodeia. O nome da pessoa da qual se esperava o trabalho de síntese era secreto, como era de se esperar e necessário tendo em conta a altura e a situação. Eu recebia ocasionalmente sumários anónimos dos resultados de testes da Polónia e Hungria. Alguns dados foram publicados, porque não levantavam suspeita de que um trabalho especializado estivesse a ser compilado, sendo que estes dados ainda podem ser localizados hoje.

A síntese esperada deste trabalho não aconteceu. Todos os meus contactos tornaram-se inoperativos como resultado das prisões secretas de investigadores no inicio dos anos sessenta. Os restantes dados científicos que ficaram em minha posse eram bastante incompletos, não obstante de valor incalculável. Levou muitos anos de trabalho solitário para colar estes fragmentos numa unidade coerente, preenchendo as lacunas com a minha própria experiência e investigação.

A minha investigação sobre psicopatia essencial e o seu papel excepcional no fenómeno macro-social foi conduzida ao mesmo tempo, ou pouco depois, das investigações de outros. As suas conclusões chegaram até mim mais tarde e confirmaram as minhas. O item mais característico no meu trabalho é o conceito geral para uma nova disciplina cientifica chamada “ponerologia”.[...]

Como autor do trabalho final, expresso aqui o meu profundo respeito por todos aqueles que iniciaram a pesquisa e continuaram a conduzi-la pondo em risco as suas carreiras, vidas e saúde. Presto homenagem àqueles que pagaram um preço através de sofrimento ou morte. Que este trabalho constitua alguma compensação pelos seus sacrifícios...

Nova Iorque, N.Y. Agosto de 1984


O Dr. Lobaczewski escapou para os Estados Unidos onde refez e escreveu a sua pesquisa antes da “Solidariedade” ter posto fim ao comunismo na Polonia. Lobaczewski acrescentou algumas palavras à sua introdução:

Quinze anos passaram, repletos de ocorrências politicas. O mundo mudou essencialmente devido ás leis naturais do fenómeno descrito neste livro, e devido aos esforços de pessoas de boa vontade. Mesmo assim, a boa saúde do Mundo ainda não está restaurada; e os restos da grande doença estão ainda bastante activos e ameaçam uma repetição da doença. Tal é o resultado de um grande esforço completado sem o suporte do conhecimento objectivo sobre a natureza do fenómeno. […]

O autor foi reconhecido como o portador desta “perigosa” ciência apenas na Áustria, por um “amigo” médico que se revelou ser um agente “vermelho”. Os grupos comunistas em Nova Iorque foram levados a criar uma contra acção. Foi terrível aprender como o sistema de peões conscientes e inconscientes trabalhava. Pior foram as pessoas que credulamente acreditavam nos seus “amigos” conscientes e efectuavam as actividades insinuadas com zelo patriótico. Ao autor foi recusada assistência e teve de salvar a sua vida trabalhando como soldador. A minha saúde colapsou, e dois anos foram perdidos. Aparentemente eu não fui o primeiro a chegar à América transportando similar conhecimento e, uma fez lá, tratado da mesma maneira.

Apesar destas circunstâncias, o livro foi escrito a tempo, mas ninguém o queria publicar. O trabalho fora descrito como “muito informativo”, mas para editores de psicologia continha demasiada politica, e para editores de politica continha demasiada psicologia, ou simplesmente “o prazo editorial tinha acabado de fechar”. Gradualmente, tornou-se claro que o livro não passava a inspecção dos que “eram iniciados”. […]

O valor cientifico que pode servir o futuro permanece, e investigações futuras podem resultar em novos entendimentos de problemas humanos progredindo em direcção à paz universal. Foi esta a razão pela qual trabalhei a reescrever, no meu computador, o completo manuscrito que já desvanecia. È aqui apresentado como foi escrito em 1983-84 em Nova Iorque, EUA. Que se deixe ser um documento de boa ciência e trabalho perigoso. O desejo do autor é passar este trabalho para as mãos de eruditos na esperança de que possam pegar neste fardo e progredir com o estudo teórico da ponerologia – e pô-lo em pratica para o bem de pessoas e nações.

Polonia – Junho de 1998


Dr. Lobaczewski deixou os Estados Unidos e regressou à Polónia antes do 11 de Setembro de 2001. Mas as suas palavras foram proféticas:

Mesmo assim, a boa saúde do Mundo ainda não restaurada; e os restos da grande doença estão ainda bastante activos e ameaçam uma repetição da doença.

Que “ciência perigosa” estava o Dr. Lobaczewski a transportar consigo quando escapou à Polónia comunista?

Ele dá-lhe o nome de “Ponerologia” que o dicionário define como: n. divisão da teologia que lida com o mal; doutrina teológica do mal ou da perversão; do Grego: poneros-> mal'.

Mas o Dr. Lobaczewski não estava a propor um estudo teológico, mas sim um estudo cientifico sobre o que podemos claramente chamar Mal. O problema é que a nossa cultura cientifica materialista não admite prontamente que o mal realmente existe, por si mesmo. Sim, o mal tem um papel no discurso religioso, mas mesmo ai é absolvido sem demora como um “erro” ou uma “rebelião” que será corrigida algures no futuro, que é discutido numa outra divisão teológica: escatologia, que se preocupa com os eventos finais na historia do Mundo, o destino ultimo da Humanidade.

Existe um grande número de psicologistas modernos que estão verdadeiramente a começar a mover-se na direcção do que o Dr. Lobaczewski disse que já se tinha feito atrás da cortina de ferro à muitos anos atrás. Tenho uma pilha dos seus livros na minha secretária. Alguns deles parecem estar a cair na perspectiva religiosa simplesmente porque não têm nenhuma informação científica anterior em que se sustentar. Eu penso que isso é contraprodutivo. Como George K. Simon, Jr., escreve no seu livro “In Sheep's Clothing” (Na pele de ovelhas): (ALTAMENTE recomendado)


Os proprietários e editores destas páginas querem afirmar que o material apresentado aqui é o produto da nossa pesquisa e experimentação em Comunicação Superluminal. Convidamos o leitor a partilhar a nossa busca da verdade através da leitura com a mente aberta mas céptica. Nós não incentivamos "devoção", nem "confiança". Encorajamos a procura de conhecimento e consciência em todos os campos de actuação como a melhor forma de ser capaz de discernir as mentiras da verdade. A única coisa que podemos dizer ao leitor é a seguinte: nós trabalhamos muito duro, muitas horas por dia, e temos feito isso por muitos anos, para descobrir “a verdade " sobre a nossa existência na Terra. É a nossa vocação, a nossa missão, o nosso trabalho. Estamos constantemente a procurar validar e/ou aperfeiçoar o que entendemos ser possível ou provável, ou ambos. Fazemos isso na esperança sincera de que toda a humanidade será beneficiada, se não agora, então em algum ponto em um dos nossos futuros prováveis.



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